Muitos incrédulos talvez tenham a impressão de que os cristãos são pessoas frágeis que, por não terem tido sucesso em certas questões da vida, buscam algo para se apoiar e fugir da realidade que não podem enfrentar. Eles pensam que os cristãos buscam uma ilusão para se firmarem.
Realmente, devemos reconhecer que somos fracos, frágeis e incapazes, que Deus é a nossa força e que devemos ir a Ele. Mas isso é algo muito maior do que apenas se esconder do mundo: é vencer o mundo. Não é como obter sucesso em outras coisas, mas obter a mais espetacular de todas as vitórias. É estar na força do poder de Deus para transcender sobre as situações e cooperar ativamente para o cumprimento de um propósito eterno e maravilhoso.
Louvado seja o Senhor! Porque Ele venceu e entregou a vitória a nós. Não é algo que tenhamos alcançado, nós simplesmente recebemos essa vitória sem esforço algum. Essa vitória é o próprio Senhor dentro de nós, que nos capacita a deixar o que é terreno e buscar o que é celestial. Essa vitória nos permite deixar as coisas do mundo, vencer sobre o pecado, não se importar com nosso próprio conforto, nosso sustento, mas antes, se importar com o reino de Deus.
Ao longo da história muitos se consagraram ao Senhor, foram perseguidos e morreram como mártires por causa da pregação do evangelho. Segundo o Informe de Liberdade Religiosa no Mundo de 2010, cerca de 350 milhões de cristãos sofrem perseguição ou discriminação no mundo, sendo que desses, 200 milhões correm risco de morte. Certamente, essas pessoas tem plena consciência do caminho que decidiram seguir, não são alienados. Todas essas se dispuseram a lutar até o fim, a morrer por esta causa superior. O cristianismo não é um simples pensamento para levantar a moral de alguém, mas uma causa pela qual vale a pena morrer.
Não é um pensamento para se sentir confortável, muito pelo contrário: o Senhor Jesus disse que quem quisesse seguí-lo deveria negar a si mesmo. Ou seja, deixar todas as opiniões e desejos próprios, abandonar os prazeres do mundo, amar ao próximo mesmo que ele não seja agradável, não se importar com reconhecimento. É andar na contra-mão de um sistema que insiste fortemente em nos envolver. É ir contra o curso deste mundo, ir contra o "eu".
Paulo disse: "Sim, deveras considero tudo como perda, por causa da sublimidade do conhecimento de Cristo Jesus, meu Senhor; por amor do qual perdi todas as coisas e as considero como refugo, para ganhar a Cristo". Por causa da sublimidade, da excelência do conhecimento, da experiência de Cristo, abandonamos tudo o mais.
Devemos ter uma vida de experimentar o Senhor mais e mais, essa é uma vida de vitória. Além disso devemos nos tornar úteis para alcançar outras pessoas e trazê-las para experimentar essa vida. Estamos em uma guerra, que não é contra o sangue e a carne, não é contra pessoas, mas contra Satanás (Ef 6:12). Por isso devemos estar a todo tempo alertas, indo para bem perto do Senhor e nos enchendo de seu Espírito, porque não é por nosso próprio esforço que venceremos, mas pelo Senhor Jesus vivendo em nós (Gl 2:20).
Assim estabeleceremos o reino dos céus.
"Portanto, tomai toda a armadura de Deus, para que possais resistir no dia mau e, depois de terdes vencido tudo, permanecer inabaláveis. Estai, pois, firmes, cingindo-vos com a verdade e vestindo-vos da couraça da justiça. Calçai os pés com a preparação do evangelho da paz; embraçando sempre o escudo da fé, com o qual podereis apagar todos os dardos inflamados do Maligno. Tomai também o capacete da salvação e a espada do Espírito, que é a palavra de Deus; com toda oração e súplica, orando em todo tempo no Espírito e para isto vigiando com toda perseverança e súplica por todos os santos"(Ef 6:13-18).
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