sexta-feira, 17 de agosto de 2012

Revolucionários

Muitos incrédulos talvez tenham a impressão de que os cristãos são pessoas frágeis que, por não terem tido sucesso em certas questões da vida, buscam algo para se apoiar e fugir da realidade que não podem enfrentar. Eles pensam que os cristãos buscam uma ilusão para se firmarem.


Realmente, devemos reconhecer que somos fracos, frágeis e incapazes, que Deus é a nossa força e que devemos ir a Ele. Mas isso é algo muito maior do que apenas se esconder do mundo: é vencer o mundo. Não é como obter sucesso em outras coisas, mas obter a mais espetacular de todas as vitórias. É estar na força do poder de Deus para transcender sobre as situações e cooperar ativamente para o cumprimento de um propósito eterno e maravilhoso.

Louvado seja o Senhor! Porque Ele venceu e entregou a vitória a nós. Não é algo que tenhamos alcançado, nós simplesmente recebemos essa vitória sem esforço algum. Essa vitória é o próprio Senhor dentro de nós, que nos capacita a deixar o que é terreno e buscar o que é celestial. Essa vitória nos permite deixar as coisas do mundo, vencer sobre o pecado, não se importar com nosso próprio conforto, nosso sustento, mas antes, se importar com o reino de Deus.

Ao longo da história muitos se consagraram ao Senhor, foram perseguidos e morreram como mártires por causa da pregação do evangelho. Segundo o Informe de Liberdade Religiosa no Mundo de 2010, cerca de 350 milhões de cristãos sofrem perseguição ou discriminação no mundo, sendo que desses, 200 milhões correm risco de morte. Certamente, essas pessoas tem plena consciência do caminho que decidiram seguir, não são alienados. Todas essas se dispuseram a lutar até o fim, a morrer por esta causa superior. O cristianismo não é um simples pensamento para levantar a moral de alguém, mas uma causa pela qual vale a pena morrer.

Não é um pensamento para se sentir confortável, muito pelo contrário: o Senhor Jesus disse que quem quisesse seguí-lo deveria negar a si mesmo. Ou seja, deixar todas as opiniões e desejos próprios, abandonar os prazeres do mundo, amar ao próximo mesmo que ele não seja agradável, não se importar com reconhecimento. É andar na contra-mão de um sistema que insiste fortemente em nos envolver. É ir contra o curso deste mundo, ir contra o "eu".

Paulo disse: "Sim, deveras considero tudo como perda, por causa da sublimidade do conhecimento de Cristo Jesus, meu Senhor; por amor do qual perdi todas as coisas e as considero como refugo, para ganhar a Cristo". Por causa da sublimidade, da excelência do conhecimento, da experiência de Cristo, abandonamos tudo o mais. 

Devemos ter uma vida de experimentar o Senhor mais e mais, essa é uma vida de vitória. Além disso devemos nos tornar úteis para alcançar outras pessoas e trazê-las para experimentar essa vida. Estamos em uma guerra, que não é contra o sangue e a carne, não é contra pessoas, mas contra Satanás (Ef 6:12). Por isso devemos estar a todo tempo alertas, indo para bem perto do Senhor e nos enchendo de seu Espírito, porque não é por nosso próprio esforço que venceremos, mas pelo Senhor Jesus vivendo em nós (Gl 2:20).

Assim estabeleceremos o reino dos céus.

"Portanto, tomai toda a armadura de Deus, para que possais resistir no dia mau e, depois de terdes vencido tudo, permanecer inabaláveis. Estai, pois, firmes, cingindo-vos com a verdade e vestindo-vos da couraça da justiça. Calçai os pés com a preparação do evangelho da paz; embraçando sempre o escudo da fé, com o qual podereis apagar todos os dardos inflamados do Maligno. Tomai também o capacete da salvação e a espada do Espírito, que é a palavra de Deus; com toda oração e súplica, orando em todo tempo no Espírito e para isto vigiando com toda perseverança e súplica por todos os santos"(Ef 6:13-18).

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quinta-feira, 2 de agosto de 2012

Chamados para fora


A palavra "igreja" na Bíblia, não se refere a um lugar físico, a um templo, tampouco se refere a uma instituição ou conjunto de doutrinas. A igreja é um povo, uma família que o Senhor Jesus chamou para si, os filhos de Deus. A palavra igreja vem do grego "ekklesia" e significa "chamados para fora". Mas chamados para onde, e para fora do que? >Alguns outros versículos que falam do chamamento:
"Vós, porém, sois raça eleita, sacerdócio real, nação santa, povo de propriedade exclusiva de Deus, a fim de proclamardes as virtudes daquele que vos chamou das trevas para a sua maravilhosa luz" 1 Pe 2:9.

" de cujo número sois também vós, chamados para serdes de Jesus Cristo." Rm 1:6

“Exortamos, consolamos e admoestamos, para viverdes por modo digno de Deus, que vos chama para o seu reino e glória” 1 Ts 2:12.

“Fiel é Deus, pelo qual fostes chamados à comunhão de seu Filho Jesus Cristo, nosso Senhor.” 1 Co 1:9.

" à igreja de Deus que está em Corinto, aos santificados em Cristo Jesus, chamados para ser santos, com todos os que em todo lugar invocam o nome de nosso Senhor Jesus Cristo, Senhor deles e nosso:" 1 Co 1:2

“porquanto Deus não nos chamou para a impureza, e sim para a santificação.” 1 Ts 4:7

Assim como os discípulos, fomos chamados para seguir o Senhor, mas não simplesmente para seguí-lo mas para pertencer a Ele. Ele nos comprou com seu sangue, agora não pertencemos mais a nós mesmos, nem à outra coisa ou pessoa, somente ao Senhor (1 Co 6:20). Somos raça eleita, sacerdócio real, nação santa, povo de propriedade exclusiva de Deus.

O que isso quer dizer? Quer dizer que fomos separados do mundo, de todas as outras coisas, para pertencermos a Ele. Devemos nos lembrar disso todos os dias: pertencemos ao Senhor. Isso implica em ter um viver de santidade, pois aquele que foi separado, deixa as antigas coisas e vive buscando ser santo como o Senhor é (1 Pe 1:16) . Isso é ser santo, ter um viver que mostra essa separação, que deseja o que o Senhor deseja e expressa o que Ele é.

Mas como ter esse viver separado para Deus? Fomos chamados à comunhão de seu Filho Jesus Cristo. Temos a presença do Senhor Jesus por meio do Espírito que habita em nós, e através de Jesus podemos ir ao Pai. É maravilhoso que possamos ter comunhão continuamente com o próprio Deus. Esse viver na presença do Senhor nos molda à sua imagem, nos torna iguais a Ele pouco a pouco. Por isso precisamos ir ao Espírito através das simples atitudes de invocar o nome do Senhor, orar, ler a Palavra e cantar louvores, isso continuamente.

Afinal, Ele nos chamou para a maior de todas as riquezas, a própria pessoa de Cristo. Nele temos tudo o que precisamos, Ele é o sentido. Fomos chamados das trevas para a luz, da morte para a vida, da ilusão para a realidade, do mundo para Cristo. Ele é a nossa boa terra, o único que pode preencher o vazio que há no nosso interior. Nele temos a alegria, a paz, o amor, que excedem todo entendimento.

Devemos valorizar Sua presença cada dia mais. Assim estaremos sob seu reinar, e dessa forma quando Seu reino se manifestar, reinaremos com Ele. Ainda não houve a manifestação do reino, mas já temos sua realidade aqui, permitindo que Ele governe sobre nós e, vivendo essa realidade hoje, estaremos com Ele em Seu reino e glória no porvir, a que fomos chamados.

Que possamos sempre valorizar mais e mais tudo o que temos, aquilo à que fomos chamados, o próprio Deus disponível a nós! Que Ele nos ilumine e faça prosseguir em conhecê-lo, afim de que andemos segundo as coisas do céu e não conforme as daqui da terra. Jesus é o Senhor!

"Iluminados os olhos do vosso coração, para saberdes qual é a esperança do seu chamamento, qual a riqueza da glória da sua herança nos santos" Ef 1:18.

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sábado, 28 de julho de 2012

Aparência X Realidade


“Ele vos deu vida, estando vós mortos nos vossos delitos e pecados, nos quais andastes outrora, segundo o curso deste mundo, segundo o príncipe da potestade do ar, do espírito que agora atua nos filhos da desobediência; entre os quais também todos nós andamos outrora, segundo as inclinações da nossa carne, fazendo a vontade da carne e dos pensamentos; e éramos, por natureza, filhos da ira, como também os demais. Mas Deus, sendo rico em misericórdia, por causa do grande amor com que nos amou, e estando nós mortos em nossos delitos, nos deu vida juntamente com Cristo, pela graça sois salvos”(Ef 2:1-5).

 Anteriormente, andávamos segundo o curso deste mundo, estávamos sem direção e sem esperança, até que algo aconteceu. As boas novas chegaram até nós e viemos viver uma nova vida, a vida da igreja, onde estamos sendo supridos e guiados para que possamos reinar com Cristo. Nesse viver nos esvaziamos de nós mesmos e somos preenchidos pela pessoa do Senhor Jesus continuamente, sendo assim conformados pouco a pouco à sua imagem.


Mas será que temos a realidade desse viver? Ou será que somos como os fariseus, que foram comparados aos sepulcros caiados, que “por fora, se mostram belos, mas interiormente estão cheios de ossos de mortos e de toda imundícia”(Mt 23:27)?“E, quanto àqueles que pareciam ser de maior influência (quais tenham sido, outrora, não me interessa; Deus não aceita a aparência do homem), esses, digo, que me pareciam ser alguma coisa nada me acrescentara;”(Gl 2:6). Quem vive na aparência não pode acrescentar nada, não faz diferença, não produz fruto, não pode agradar a Deus. A aparência deste mundo passa (1 Co 7:31).

“No dia seguinte, quando saíram de Betânia, teve fome. E, vendo de longe uma figueira com folhas, foi ver se nela, porventura, acharia alguma coisa. Aproximando-se dela, nada achou, senão folhas; porque não era tempo de figos. Então, lhe disse Jesus: Nunca jamais coma alguém fruto de ti! E seus discípulos ouviram isto”(Mc 11:12-14). Todos os dias o Senhor vem a nós em busca de frutos. Mas será que Ele encontra? 

“Sucedeu que, entrando eles, viu a Eliabe e disse consigo: Certamente, está perante o SENHOR o seu ungido. Porém o SENHOR disse a Samuel: Não atentes para a sua aparência, nem para a sua altura, porque o rejeitei; porque o SENHOR não vê como vê o homem. O homem vê o exterior, porém o SENHOR, o coração”(1 Sm 16:6-7). Sabemos que o Senhor não vê como vê o homem. Ele vê o coração, enquanto nós vemos apenas o exterior, por isso, podemos estar vivendo de uma maneira aparentemente boa, lendo a bíblia, indo às reuniões da igreja, mas interiormente podemos estar afastados de Deus.

 “E, tendo tirado a este, levantou-lhes o rei Davi, do qual também, dando testemunho, disse: Achei Davi, filho de Jessé, homem segundo o meu coração, que fará toda a minha vontade” (At 13:22). O Senhor viu o coração de Davi e este era o coração dele: de fazer a vontade de Deus. Precisamos amar essa vontade, amar tudo o que Deus é e fez, e assim, viver para a obra que o Senhor tem a fazer por meio de nós. Esse é o sentido, a transformação interior que se expressa exteriormente. Não é apenas aparência, é realidade.

“Quando vier, porém, o Espírito da verdade, ele vos guiará a toda a verdade; porque não falará por si mesmo, mas dirá tudo o que tiver ouvido e vos anunciará as coisas que hão de vir”(Jo 16:13). Para isso temos o Espírito da realidade, Ele torna real pra nós e em nós, tudo o que Deus é e fez. Então precisamos nos voltar ao Espírito, de todo o nosso coração nos abrirmos a Ele para que possa nos transformar, eliminando toda as impurezas do nosso interior e nos enchendo com as coisas celestiais. Afinal, Deus busca adoradores que o adorem em espírito e em realidade (Jo 4:24)!

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domingo, 8 de julho de 2012

Falta crer


O que falta aos jovens de hoje para viverem para Deus? Aqueles que dizem amar a Deus, mas não conseguem praticar as palavras Dele? O mundo oferece muitas coisas e cria uma realidade bem diferente da que Deus deseja para nós e muitas vezes, sem perceber, acabamos sendo envolvidos por ela.


Mas se o Senhor disse para apresentarmos nosso corpo como um sacrifício vivo, santo e agradável a Ele, se o Senhor disse para não nos conformarmos com este século, mas em vez disso experimentarmos sua vontade perfeita e agradável (Rm 12:1-2), se o Senhor disse, é possível.
"Por isso, vos digo que tudo quanto em oração pedirdes, crede que recebestes, e será assim convosco" (Mc 11:24). Nossa fé cresce quando reconhecemos que o Senhor pode mudar qualquer situação não importando o quão difícil ela possa parecer. Sabemos que para Deus não há impossíveis, mas mesmo assim consideramos muitas coisas como inalcançáveis.

"Ora, àquele que é poderoso para fazer infinitamente mais do que tudo quanto pedimos ou pensamos, conforme o seu poder que opera em nós" (Ef 3:20). Muitas vezes somos fracos na fé e não cremos realmente que o Senhor é infinitamente mais poderoso do que o necessário para nos tirar de um vício, de um pecado, de uma dúvida, de uma fraqueza, de um medo, de uma angústia.

É pelo Seu Espírito que somos aperfeiçoados, que deixamos as obras pecaminosas e nos tornamos parecidos com Ele. É por Ele que somos fortalecidos e guiados. Guiados no conhecimento do que é da Sua vontade, devemos buscá-lo novamente para sermos preenchidos por Ele e termos a força para obedecer o que Ele nos diz. O que acontece é que muitas vezes nos esquecemos que o Senhor é o Deus soberano, Ele pode nos consolar quando parece impossível, Ele pode nos livrar de uma paixão que parece ser impossível de deixar, Ele pode nos dar paciência para o que parece ser impossível de suportar, Ele pode nos fazer resistir aos nossos desejos que parecem ser impossíveis de serem deixados, Ele pode nos fazer ouvir seu falar e entendê-lo quando parece impossível. Aleluia! Não há impossíveis para Deus! 

Muitas vezes não conseguimos deixar as coisas que desagradam ao Senhor e desistimos, nos conformamos ao mundo. Realmente, nós não podemos vencer essas situações, mas Cristo pode! O que necessitamos é de confiar no Senhor, que Ele fará uma boa obra em nós, que é possível até morrermos por Ele. Como Cristo transcede todas as coisas, nós podemos muito bem deixar de seguir o caminho que este mundo nos impõe, não podemos aceitar a maneira de vida alheia a Deus e sem santidade que nos desejam. Também não iremos por nosso próprio esforço, mas confiaremos naquele que venceu o mundo.


"Porque todo o que é nascido de Deus vence o mundo; e esta é a vitória que vence o mundo: a nossa fé"(1 Jo 5:4).

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domingo, 26 de fevereiro de 2012

Morte

Quando perdemos alguém que era importante para nós, as coisas ficam bem diferentes. É um momento solene. Ficamos lamentando a perda, relembrando os momentos que passamos com essa pessoa e deixamos de fazer outras coisas nos dias próximos ao dia da morte, nos reunimos com outros amigos. O que acontece é que uma tristeza nos move, mas essa tristeza tem origem no amor que tínhamos pela pessoa que se foi. Temos o sentimento de homenagear a pessoa e queremos ela de volta.

Mas situações como essa nos fazem refletir. Percebemos então que perdemos muito tempo com coisas desnecessárias e que é preciso buscar o que é realmente importante. O que estamos fazendo com nossas vidas e com as das pessoas ao nosso redor? Será que realmente damos valor a elas?

Estamos acostumados a ouvir frases como "Jesus morreu por você", mas não tocamos na realidade dessas palavras. Aquilo foi real, Cristo morreu na cruz, o justo pelos injustos. Aquele que amou o homem e veio para perto dele para guiá-lo, para falar-lhe. Não podemos ficar indiferentes, precisamos ser tocados, pois realmente Ele foi morto naquele momento, deixemos portanto as nossas próprias coisas, porque Ele nos amou. Deixemos as coisas desnecessárias, olhemos para o que realmente importa e com intrepidez pratiquemos o que Ele nos falou, porque agora tudo é diferente, nosso maior amigo se foi. E esse amor nos move, também nos une.


Num momento logo após uma perda esquecemos dos nossos problemas, das antigas discussões em que estávamos envolvidos. Assim deve ser, devemos olhar para a obra de Cristo na cruz e valorizá-la cada dia mais, não ter preocupações desnecessárias com nossos problemas, isso muitas vezes não os resolve, e nosso Jesus é maior que todos eles. Também muitas vezes nos envolvemos em discussoes, sejam pessoais ou doutrinárias, que muitas vezes não são realmente necessárias.

O amor de Cristo nos constrange, deixamos tudo para vir desfrutar desse amor. Ele nos amou. E Ele voltou para nós, ressurgiu ao terceiro dia e agora o temos para sempre conosco (Mt 28:20). Precisamos permitir que o Senhor aplique em nós tanto a obra da cruz como a da ressureição. Nelas vemos quão precioso Ele é para nós e, se virmos, seremos levados a fazer o que Ele ama que façamos.

"O próprio Deus sabe do valor eterno da cruz de Seu Filho. Ele manifestou a todos o eterno frescor da cruz de Seu Filho. Agora Ele deseja ganhar os redimidos de modo que também conheçam esse fato. A percepção do frescor eterno da cruz traz poder. A percepção do frescor eterno da cruz traz amor. A percepção do frescor eterno da cruz traz vitória. A percepção do frescor eterno da cruz traz longanimidade. Se verdadeiramente conhecermos o frescor da cruz, que inspiração receberemos dela! Que motivação vamos obter dela! Se a cruz não está velha no nosso coração, certamente teremos uma comunhão íntima com o nosso Senhor. Se um crente se esqueceu da cruz, isto indica que ele se esqueceu do Senhor. 
José [de Arimatéia] nos tempos antigos só desejava ser um discípulo de Cristo secretamente. Nicodemos só ousou ir ver o Senhor à noite. Mas quando ambos viram a crucificação do Senhor, foram motivados fortemente. Como resultado, eles arriscaram ofender a multidão e pediram o corpo do Senhor para O sepultar. A cruz pode fazer dos mais medrosos dos homens, os mais corajosos. Quando eles viram Jesus na cruz e como Ele sofria e era repreendido pelos homens, o amor da cruz os inspirou e os motivou. Portanto, se tivermos a morte de Cristo diante de nós todo o tempo, seremos motivados da mesma maneira que eles o foram. A cruz, então, tornar-se-á a nossa força.
(...) Se verdadeiramente virmos a cruz do Senhor a todo momento, se virmos como Ele sofreu ali, se virmos os ferimentos em Suas mãos e pés, e a coroa de espinhos sobre a sua cabeça, se virmos como Seu amor e sangue se misturaram e se virmos Seus sofrimentos e tristeza, não seremos profundamente motivados e não cessaremos de fazer coisas que não o agradam ou que Lhe causem sofrimento? É por nos faltar o eterno frescor da revelação da cruz diante de nós que desprezamos o amor do Senhor.
(...)Se tivermos uma revelação fresca da cruz dia após dia, acrescentaremos a nós mesmos muitas experiências frescas de fé em nosso morrer juntamente com Ele. É devido ao fato de não vermos uma cruz diária que temos muitas experiências do pecado ressuscitando em nós.(...) Muitos filhos de Deus fracassam por não perceber que a morte da cruz não é simplesmente algo que ocorreu uma vez por todas, mas algo que está continuamente conosco, todo o tempo.
Irmãos, quão fresca é a cruz! A cruz não conhece o significado do tempo. A cruz não sabe o que é velhice. Que sejamos constantemente motivados por ela! Oh! Que possamos perder-nos na cruz, todos os dias da nossa vida! Oh! Possa a cruz não perder seu poder sobre nós um dia sequer! Oh! Que possamos permitir que a cruz faça uma obra mais profunda em nós a cada dia! Possa o Pai abrir-nos os olhos a fim de vermos o mistério oculto na cruz de Seu Filho. “Mas longe esteja de mim gloriar-me, senão na cruz de nosso Senhor Jesus Cristo” (Gl 6:14)."

Trechos de “A Cruz” de Watchman Nee.

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segunda-feira, 20 de fevereiro de 2012

O Grande Eu Sou


"Disse Moisés a Deus: Eis que, quando eu vier aos filhos de Israel e lhes disser: O Deus de vossos pais me enviou a vós outros; e eles me perguntarem: Qual é o seu nome? Que lhes direi?
E disse Deus a Moisés: EU SOU O QUE SOU. Disse mais: Assim dirás aos filhos de Israel: EU SOU me enviou a vós."
Êxodo 3:13-14

A identificação de Deus


Deus se apresenta ao longo de muitas passagens na Bíblia como o "EU SOU". O Senhor apresentou essa identificação a Moisés quando ele perguntou qual era o Seu nome. Certamente, se nós, os escolhidos de Deus, tivéssemos um sobre nome que nos fosse passado Dele, esse sobrenome seria "Eu Sou". A expressão Eu Sou atribuída a Deus tem um forte significado, mas as palavras Eu Sou, quando não atribuídas a Deus não possuem tanto significado. Quando Deus diz EU SOU ele diz completamente tudo. Ele é e ponto, não precisa de mais nenhuma atribuição. Ele é tudo em todos (1 Co 12:6, Cl 11:3). Imaginem o que deve ter sentido Moisés diante da força dessa declaração, ainda mais ao ser enviado pelo Autor dela para realizar uma grande obra, com seu auxílio. Irmãos, se o Eu Sou é por nós, quem será contra nós?


Cristo também se apresenta como o EU SOU

Cristo também se apresenta como o EU SOU, Ele usa as mesmas palavras usadas em outras passagens que se referem a Deus, indicando que Ele é Deus. "Em verdade, em verdade eu vos digo: antes que Abraão existisse, EU SOU"Jo 8:58. Na ocasião desse versículo os judeus buscaram apedrejá-lo, acusando-o de blasfêmia. Mas sabemos que Jesus não é um simples homem, Ele também é Deus.

Uma das outras vezes em que vemos Jesus se apresentando de tal maneira foi na ocasião Judas o entregou e os soldados vieram buscá-lo: "Sabendo, pois, Jesus todas as coisas que sobre ele haviam de vir, adiantou-se e perguntou-lhes: A quem buscais? Responderam-lhe: A Jesus, o Nazareno. Então, Jesus lhes disse: Sou eu. Ora, Judas, o traidor, estava também com eles. Quando, pois, Jesus lhes disse: Sou eu, recuaram e caíram por terra" Jo 18:4-6. Essa declaração foi tão forte e cheia de poder que os guardas caíram por terra.

As riquezas do EU SOU disponíveis a nós

Desde o início Deus deseja que o homem venha desfrutar de suas infindas riquezas. Por meio da obra do Filho, hoje temos acesso pelo Espírito a Seu rico ser. Então em várias passagens da Bíblia podemos ver o Senhor apresentando o que Ele é. Ele deseja que experimentemos já aqui os seus diversos aspectos, o que Ele é. Por exemplo, em Jo 14:6 vemos alguns aspectos que estão incluídos no Eu Sou: "Respondeu-lhe Jesus: Eu sou o caminho, e a verdade, e a vida".

Essa revelação é muito elevada e é sobre apenas alguns aspectos do EU SOU. O Senhor deve ser nosso caminho, nossa realidade, nossa vida, tudo para nós, devemos andar, viver Nele. Servir a Deus é simplesmente vir para a Realidade. Servir a Deus nao é pegar regras de obediência e aplicá-las dentro do sistema como funciona e pensa o mundo. Servir a Deus é ser envolvido de uma maneira maravilhosa e então acordar para realidade, quando todo o funcionamento do mundo e coisas que a humanidade considera importantes perdem o sentido diante da riqueza de tê-lo em nós. Nós precisamos de um choque de realidade para então viver totalmente para Ele.

Vamos pedir a Ele que nos faça ver mais dessa realidade a cada dia, que nos faça acordar para ela. É através da comunhão com o Senhor e com os irmãos que crescemos e podemos ver, é preciso orar e ir à Palavra buscando essa experiência.

O Deus eterno

Ainda ao chamar Moisés, Deus diz em Êx 3:15 que Ele é o Deus de Abraão, o Deus de Isaque e o Deus de Jacó. Ele mostra que é eterno e imutável não só nessa, como também em muitas outras passagens. A eternidade não cabe em nossa compreensão, por isso Ele usa de exemplos temporais para nos mostrar que Ele é atemporal.

Como já vimos, Jesus disse "antes que Abraão existisse, EU SOU" (Jo 8:58). O salmista diz ao Senhor em Sl 90:2: "Antes que os montes nascessem e se formassem a terra e o mundo, de eternidade a eternidade, tu és Deus". Ele é! Sempre foi, sempre será! Só Ele, o Deus eterno, que nunca muda.

A nossa prática

As pessoas sem Deus vivem algo falso, vazio e perdido, uma busca por satisfação que não termina. Mas Deus deseja trazer as pessoas para a Realidade, Ele mesmo, Nele há o sentido, Nele somos completos e temos a felicidade.

E, se estivermos nessa realidade, como Deus, nos importaremos nao em "fazer", mas no "ser", que gera o fazer. "A isto, respondeu Jesus: Em verdade, em verdade te digo que, se alguém não nascer de novo, não pode ver o reino de Deus" Jo 3:3. Ao sermos salvos, recebemos uma nova vida, somos nova criatura! É essa vida que serve a Deus e precisa crescer. Conforme prosseguimos na verdadeira comunhão com o Senhor, andando em Sua presença, somos conformados à Sua imagem. Então não somos mais nós, mas Cristo vivendo em nosso ser (Gl 2:20).

Estamos sujeitos a pecar de muitas formas, mas há apenas uma forma de estar livre disso, pela vida de Cristo em nós. E, nessa obra de transformação, regeneração, vemos tambem que Ele é soberano.

Ele é tudo em todos, mas muitas pessoas nao veem isso. Devemos dar graças a Deus pelo privilégio de poder experimentar isso, e é uma experiencia que deve crescer cada dia mais.
Então ao sabermos que Ele é o grande EU SOU, qual deve ser nossa atitude? Uma atitude que glorifica isso diante das pessoas, não? Diante das que não veem e mesmo diante das que veem, para que sejam edificadas.

Devemos nos humilhar diante Dele, pois Ele é tudo e nós não somos nada. Quando nos
humilhamos podemos ser canais para que as pessoas vejam, além disso, ao percebermos,
só alguns poucos aspectos de exemplo, que Ele é eterno, sabe de todas as coisas, é inabalável,
se realmente vermos isso, nossa atitude será confiar totalmente Nele, não? Quanto mais vemos, mais confiamos, crescemos na fé. Deixamos de confiar nas outras coisas, nas outras pessoas e até em nós mesmos.

O nosso Deus revela o que Ele é a nós e deseja que desfrutemos de seu rico ser. Para isso precisamos nos esvaziar de nós mesmos e andar em Sua presença para conhecê-lo. E quando Deus nos dá uma revelação, devemos tocar na realidade dela. Se formos tocados iremos praticar Sua Palavra e teremos o desejo de levar essa revelação a outros. Aleluia! Porque Ele é o que é, que era, e que há de vir (Ap 1:8), o nosso EU SOU!

De uma comunhão com Guilherme e Lucas.

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